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Saneamento: Pesquisa mostra que o Brasil tem potencial de receber investimentos da ordem de R$ 580 bilhões até 2033
Os investimentos externos na área de saneamento quase triplicaram entre 2020-2022, alcançando o montante de R$ 90 bilhões, em comparação ao período de 1992 a 2000, quando os aportes chegaram a quase R$ 35 bilhões. Segundo um levantamento realizado pela Messe Muenchen do Brasil, com base em dados de órgãos públicos e empresas privadas, até 2033, o setor tem potencial de receber recursos da ordem R$ 580 bilhões.
Essa perspectiva positiva é resultado do novo modelo de negócios na área, definido pelo Marco Legal do Saneamento, promulgado em julho de 2020, que trouxe facilidades para criação de instrumentos financeiros, processos de concessões privadas regulamentados, que são importantes para garantir segurança jurídica, e lucratividade para as operadores, atraindo investidores privados nacionais e internacionais.
Entre as áreas do saneamento que devem receber mais recursos estão a gestão de resíduos sólidos e soluções em recuperação energética, com cerca de R$ 227 bilhões até 2033, seguida pela drenagem e infraestrutura de saneamento, com R$ 178 bilhões, pela gestão de esgoto, com R$ 108 bilhões, e gestão de água, com quase R$ 67 bilhões.
O levantamento da Messe Muenchen do Brasil ainda prevê que a região Sudeste contará com o maior montante de investimento de cerca de R$ 261 bilhões. Na sequência estão o Nordeste (R$ 133 bilhões), o Sul (R$ 90 bilhões), o Norte (R$ 52 bilhões) e o Centro-Oeste (R$ 44 bilhões).
A Messe Muenchen do Brasil é promotora da IFAT Brasil, feira internacional de saneamento no país, ao conectar os diversos stakeholder, proporcionando em um único ambiente todas as soluções para gestão de água e esgoto, drenagem e infraestrutura para o setor, gestão de resíduos e soluções de recuperação energética, enquanto promove debates sobre os principais temas e desafios relacionados ao setor.
Marcada para acontecer entre os dias 24 e 26 de abril de 2024, no São Paulo Expo, em conjunto com a M&T Expo, maior feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, a IFAT Brasil terá mais de 10 mil m² de exposição, abrangendo todos os segmentos do saneamento – água, esgoto, drenagem, e recuperação de resíduos – e contará com um Pavilhão de Inovação, em parceria com a ISLE Utilities, um das maiores agências de inteligência do mundo em inovação no setor de águas. O espaço possibilitará que empresas com projetos inovadores participem de um processo de incubação de seu produto, com auxílio na capitalização e expansão de comercialização pelas plataformas fornecidas pela ISLE Utilities. Na área de conteúdo, estão sendo programados mais de 15 painéis temáticos.
IFAT Brasil 2024: Feira de saneamento está com mais de 60% dos espaços comercializados no setor de gestão de água e de esgoto
A IFAT Brasil, Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos, integra a rede IFAT, que possui mais de 50 anos de experiência e representa uma referência mundial para feiras de tecnologias ambientais. A primeira edição no Brasil, visa conectar diversos stakeholders da área de saneamento entre os dias 24 e 26 de abril de 2024, no São Paulo Expo, em São Paulo. Organizado pela Messe Muenchen do Brasil, a feira reunirá os principais lançamentos e soluções para gestão de água e de esgoto, drenagem e infraestrutura para o setor, gestão de resíduos e soluções de recuperação energética, propiciando uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento de negócios que contribuam para atender as metas do Marco Legal do Saneamento.
Na área de gestão de água e de esgoto, a IFAT Brasil já apresenta mais de 60% de espaços comercializados, com a participação de importantes empresas do setor, como Acquaplant, B&F Dias, Gardner Denver, Improv Equipamentos, Kronox, Matryx, Policontrol, Swan, Vibropac, Sigma, Prominent, Atlas Copco e GKD Latam.
De acordo com Renan Utri Andreguetto, Project Manager da IFAT Brasil, o país conta com tecnologias avançadas para a gestão desse mercado, que podem ser aplicadas para aprimorar a oferta dos serviços, principalmente, no que se refere ao tratamento de esgoto, que apresenta um índice de atendimento abaixo de 50% na maior parte das regiões, com exceção do Centro-Oeste. “A proposta da IFAT Brasil é mapear as demandas e oportunidades no setor, interligando investidores, concessionárias, operadores e governo com as tecnologias que possam suprir essas necessidades”, destaca.
Um levantamento da IFAT Brasil, a partir de dados de órgãos públicos e empresas privadas, aponta que a área de gestão de esgoto e de água tem o potencial de receber investimentos de R$ 175 bilhões até 2033. “Esse dado comprova o futuro do saneamento no país e o apetite de investidores e operadores em participar desse desenvolvimento, além da vontade dos municípios em melhorar sua gestão”, avalia Andreguetto.
A IFAT Brasil terá 10 mil m² de exposição e contará com um Pavilhão de Inovação, em parceria com a ISLE Utilities, uma das maiores agências de inteligência do mundo em inovação no setor de águas, que possibilitará que empresas com projetos inovadores participem de um processo de incubação de seu produto, com auxílio na capitalização e expansão de comercialização através das plataformas da ISLE Utilities que contam com a parceria da #fuentedeinovacion, uma iniciativa formada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e o BID Lab.
Na área de conteúdo, estão sendo programados diversos painéis temáticos durante os 3 dias de feira, que vão trazer cases internacionais e nacionais para abordar temas como inteligência financeira – melhores fundos para tecnologias ambientais -, projetos sociais de sucesso com alta eficiência, planos de engenharia básica para leilões de saneamento, armazenamento de carbono e o ciclo do carbono na plataforma ESG para projetos de saneamento, iniciativas de smart money, IPO e fundos de investimentos para ESG, entre outros.
Saneamento: investimentos externos triplicam e somam R$ 90 bi em dois anos
O Marco Legal do Saneamento, promulgado em julho de 2020, gerou resultados importantes nos dois últimos anos. Foram mais de 20 concessões privadas que resultaram em R$ 90 bilhões em investimentos, e 452 municípios e 30 milhões de pessoas foram beneficiadas com 643 obras de infraestrutura, que abriram 6,2 milhões de empregos. As informações do Ministério da integração e do Desenvolvimento Regional mostram os avanços para a universalização do saneamento até 2033, com novas oportunidades que devem acontecer, com a captação de mais de R$ 33 bilhões em debêntures, aprovadas pela pasta.
Nesse cenário positivo, a Messe Muenchen do Brasil promoverá a primeira IFAT Brasil, que irá conectar os diversos stakeholders da área de saneamento, proporcionando em um único ambiente todas as soluções para gestão de água e de esgoto, drenagem e infraestrutura para o setor, gestão de resíduos e soluções de recuperação energética, a fim de contribuir para o desenvolvimento de oportunidades de negócios no setor de tecnologias ambientais e o cumprimento das metas estabelecidas no Marco Legal , desse modo, auxiliando na construção de um futuro melhor para a sociedade brasileira.
Marcada para acontecer entre os dias 23 e 26 de abril de 2024, no São Paulo Expo, em conjunto com a M&T Expo, maior feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, a IFAT Brasil oferecerá uma experiência ímpar para os visitantes e para os expositores, ao unir competências e fundos e instrumentos financeiros para atender as demandas de municípios, estados e empresas na área do saneamento.
Serão mais de 10 mil m² de exposição, abrangendo todos os segmentos do saneamento – água, esgoto, drenagem, e recuperação de resíduos -, o que posicionará a IFAT Brasil como um evento de temática completa para agregar o mercado e desenvolver soluções para o setor. A feira contará com um Pavilhão de Inovação, em parceria com a ISLE Utilities, uma das maiores agências de inteligência do mundo em inovação no setor de águas. O espaço possibilitará que empresas com projetos inovadores participem de um processo de incubação de seu produto, com auxílio na capitalização e expansão de comercialização através das plataformas da ISLE Utilities.
Na área de conteúdo, estão sendo programados mais de 15 painéis temáticos. Para isso, serão estabelecidas parcerias internacionais e locais para fortalecer a representação dos principais assuntos que envolvem a operação e a tomada de decisão dos gestores públicos e privados, demonstrando experiências reais do setor.
Um futuro promissor para o saneamento no Brasil
Por Renan Utri Andreguetto, Project Manager IFAT Brasil
O Marco Legal do Saneamento, promulgado em 2020, prevê a universalização do atendimento à população em água potável e coleta e tratamento de esgoto até 2033. Para atender as metas, a Lei desenhou medidas que ampliam a segurança jurídica do operador e dos investidores, avançando em pontos como regulação e contratos bem formulados, criando instrumentos financeiros que estimulam a realização de aportes financeiros ao setor.
Com isso, entre 2020 e 2022, os investimentos externos na área quase triplicaram, alcançando o montante de R$ 90 bilhões, em comparação ao período de 1992 a 2020, quando os aportes chegaram a quase R$ 35 bilhões. Ao atrair investimentos privados nacionais e internacionais, é possível elevar o atual nível de recursos para o saneamento, suprindo as atuais demandas por um melhor atendimento à população.
Um levantamento realizado pela IFAT Brasil, com base em dados de órgãos públicos e empresas privadas, até 2033, aponta que o setor tem potencial de receber recursos da ordem R$ 580 bilhões. Entre as áreas do saneamento que devem receber mais recursos estão a gestão de resíduos sólidos e soluções em recuperação energética, com cerca de R$ 227 bilhões até 2033, seguida pela drenagem e infraestrutura de saneamento, com R$ 178 bilhões, pela gestão de esgoto, com R$ 108 bilhões, e gestão de água, com quase R$ 67 bilhões.
A divisão dos investimentos está relacionada à necessidade do país, pois, atualmente, a gestão de resíduos sólidos ainda é precária em diversas cidades e estados, principalmente, pela existência de lixões, que são locais inadequados para a disposição de rejeitos, trazendo graves problemas ambientais, como poluição do ar, contaminação do solo e de água, e de saúde pública, sendo vetores causadores de doenças em crianças e adultos.
Outro ponto fundamental é que o Brasil possui um baixo percentual de tratamento do resíduo, com índices próximos a zero no Norte e no Nordeste, abaixo de 10% no Centro-Oeste e no Sudeste e menor do que 30% no Sul. Como resultado, aterros sanitários e os lixões recebem resíduos que poderiam ser destinados para reciclagem, que possibilitaria transformá-los em materiais e matérias-primas a serem usadas em diversos setores ou para a geração de energia. Haveria o estímulo à economia circular, agregando valores econômicos, sociais e ambientais para as comunidades, os municípios, os operadores, as indústrias, as cooperativas de catadores e a sociedade.
A questão da drenagem mostra-se também urgente, uma vez que o estudo da IFAT Brasil aponta para um baixo percentual de áreas impermeáveis com tecnologias para drenagem. Essa aplicação inferior a 50% no Sul do país, a 35% no Sudeste e no Centro-Oeste e a 18% no Norte e no Nordeste explica as dificuldades pelas quais passam as cidades em situações de chuvas torrenciais de verão ou em fenômenos climáticos, que estão sendo vistos com maior frequência devido ao aquecimento global.
No caso da gestão do esgoto, é possível perceber que o Brasil realiza um percentual maior de coleta do que tratamento. O Centro-Oeste possui os índices próximos e elevados, de cerca de 62% e 58%, respectivamente. O Norte do país conta com os menores percentuais para coleta (27%) e tratamento (24%). A maior diferença entre os dois tipos de atividades se encontra no Sudeste, com 67% para coleta e apenas 48% para tratamento.
O levantamento prevê que a região Sudeste contará com o maior montante de recursos de cerca de R$ 261 bilhões. Na sequência estão o Nordeste (R$ 133 bilhões), o Sul (R$ 90 bilhões), o Norte (R$ 52 bilhões) e o Centro-Oeste (R$ 44 bilhões). A justificativa é que a região possui o maior contingente populacional, o que atrai um número maior de investidores.
Nesses sentido, o Marco Legal contribui para que os gestores municipais encontrem os modelos mais adequados a sua região. Atualmente, a operação irregular na prestação de serviços de saneamento acontece, principalmente, em cidades com menos de 50 mil habitantes, que possuem dificuldade em destinar verbas para o saneamento, devido ao baixo orçamento. A possibilidade de se formarem blocos ou grupos de municípios para contratação do serviço de forma coletiva pode ser uma saída viável para superar o desafio de recursos municipais, permitindo um melhor atendimento às pessoas, mais eficiência operacional, financeira, melhor planejamento e tarifa, aprimoramento o relacionamento com a população local.
Os leilões de concessão têm contribuído para auxiliar cidades de menor porte também, como foi o caso de Orlândia, no interior paulista, com cerca de 44 mil habitantes. O consórcio vencedor ofereceu R$ 51,5 milhões para realizar a gestão de saneamento da cidade. O investimento para trazer mais eficiência ao tratamento e abastecimento de água e à coleta e tratamento de esgoto é da ordem de R$ 93 milhões ao longo de 35 anos.
Conforme demonstra o levantamento da IFAT Brasil, o retorno do investimento pela consórcio ocorrerá em oito anos, com uma média da taxa interna de retorno (TIR) de 25%. Esses números mostram que o formato utilizado por Orlândia foi adequado à sua realidade, beneficiando a população local e à gestão financeira e social do município. Por outro lado, a concessionária privada ampliará a qualidade dos serviços prestados e terá lucratividade com a operação.
De acordo com dados da Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON SINDCON), de 2020 até setembro de 2022, foram realizados 19 leilões de saneamento no país, com R$ 52,9 bilhões de investimentos previstos, e outorga de R$ 29,5 bilhões em recursos para estados e municípios, beneficiando 23,7 milhões de pessoas.
O saneamento do Brasil possui um futuro promissor, principalmente pelo apetite de investidores e operadores e da vontade dos municípios em melhorar sua gestão. Mas, é importante lembrar que a tecnologia será fundamental para que o país realmente avance nas metas e não faltam soluções nesse sentido, que poderão ser vistas na IFAT Brasil, feira internacional de saneamento no país, que vai conectar os diversos stakeholder, proporcionando em um único ambiente todas as soluções para gestão de água e esgoto, drenagem e infraestrutura para o setor, gestão de resíduos e soluções de recuperação energética.